sábado, setembro 08, 2012

Ilha do Pico

A ilha do Pico é a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores, no Atlântico Norte. Dista 8,3 km da ilha do Faial e fica a 15 km da Ilha de São Jorge. Faz parte do Grupo Central deste arquipélago e tem uma superfície de 447 km². Conta com uma população residente de 14 806 habitantes (em 2001). Mede 42 km de comprimento por 20 km de largura. Deve o seu nome a uma majestosa montanha vulcânica, a Montanha do Pico, que culmina num pico pronunciado, o Pico Pequeno ou Piquinho. Esta é mais alta montanha de Portugal e a terceira maior montanha que emerge do Atlântico, atingindo 2 351 metros acima do nível do mar. Administrativamente, a ilha é constituída por três concelhos: Lajes do Pico, Madalena e São Roque do Pico. Dispõe de um moderno aeroporto regional com ligações aéreas directas para Lisboa,  Terceira (Lajes) e  S. Miguel (Ponta Delgada) . Tem ligações marítimas diárias com a cidade da Horta e as vilas das Velas e da Calheta. Durante os meses de Verão usufrui de ligações marítimas com as restantes ilhas do arquipélago.
O que torna esta ilha única, é a natureza vulcânica selvagem em todo o seu esplendor, nomeadamente, as suas grutas, lagoas, portos marítimos e piscinas naturais. A subida à montanha é a maior de todas as atracções. Lá do cimo avistam-se as ilhas de São Jorge, Graciosa, Terceira, Flores e Corvo. Se não pode ir até lá, dê uma espreitadela a esta belíssima apresentação.

sexta-feira, setembro 07, 2012

O Retorno

"O Retorno"  é um livro da escritora portuguesa, Dulce Maria Cardoso  (1964). Da infância passada em Angola guarda a sombra generosa de uma mangueira que existia no quintal, o mar e o espaço que lhe moldou a alma. Regressou a Portugal na ponte aérea de 1975. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e escreveu argumentos para cinema.
O seu romance de estreia, "Campo de Sangue" foi publicado em 2002.  Publicou em 2005 o seu segundo romance, "Os Meus Sentimentos", a que se seguiu em 2008, "Até Nós", colectânea de contos.
Em 2012 é editado, pela Tinta da China,  o romance "O Retorno", que aborda a descolonização.

"1975 Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras. Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos não têm para onde ir nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles. 1975. Lisboa. Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados — um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia. A adolescência torna­-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança. África sempre presente mas cada vez mais longe".

quinta-feira, setembro 06, 2012

No Tabuleiro da Baiana

Veja e ouça, Gal Costa e Caetano Veloso, no Fantástico, em 1980, cantando "No Tabuleiro da Baiana". No "Tabuleiro da Baiana" é o título de uma canção (samba-batuque) do compositor brasileiro Ary Barroso. Foi o seu primeiro grande sucesso e data de 1936. O compositor refere-se a uma das principais figuras típicas de Salvador: a baiana. A baiana é uma "quituteira" negra que vende os seus produtos nas ruas da capital da Baía, ganhando assim o seu sustento, ao mesmo tempo que mantém vivas as tradições culinárias de origem africana. A letra refere-se aos "quitutes" (especialidades gastronómicas) comuns no tabuleiro da baiana: o vatapá, o caruru e o mungunzá. A letra omite, contudo, o principal - o acarajé. Mas tudo isto serve para chamar a atenção acerca do encanto e da beleza da baiana. Esta canção foi gravada, entre outros, por Carmem Miranda, no auge do sucesso nos Estados Unidos e regravada em 1980, pelos baianos Caetano Veloso e Gal Costa, e três anos depois, por Maria Bethânia e João Gilberto.

quarta-feira, setembro 05, 2012

Azul da Cor do Mar


Ouça e veja Taryn Szpilman, interpretando "Azul da Cor do Mar" de Tim Maia, no Programa Som Brasil, da Rede Globo.
Taryn é uma cantora brasileira que se tem dedicado à tradição do Jazz e dos Blues.  Como vocalista da Rio Jazz Orchestra gravou 2 discos e um DVD. Escreveu  e apresentou o aclamado espetáculo "Tributo a Billie Holiday" em 2003. Mais tarde fez um outro musical chamado "Divas do Jazz". Actualmente tem apostado numa carreira a solo. Com uma vasta experiência como intérprete, nos últimos anos tem frequentado todos os grandes  Festivais de Jazz e Blues, quer do Brasil quer do estrangeiro (Montreux Jazz). Taryn actua constantemente  quer em participações para cinema e tv, quer em novelas e musicais da Rede Globo enchendo os ecrãs com o seu canto cheio de alma.

terça-feira, setembro 04, 2012

Verano Porteño

As "Cuatro Estaciones Porteñas", também conhecidas como "Estaciones Porteñas" ou "The Four Seasons of Buenos Aires", são 4 composições de tango escritas por  Ástor Piazzolla. Foram originalmente concebidas como composições independentes, embora Piazzolla, de vez em quando, as tocasse em conjunto. Ao atribuir-lhes o adjectivo "porteño" (apelido atribuído às pessoas nascidas na capital da Argentina, Buenos Aires), Piazzolla dá-nos a ideia das quatro estações do ano em Buenos Aires.
As Estaciones Porteñas são: "Verano Porteño" (escrita em 1965, originalmente para a peça "Melenita de Oro"; "Otoño Porteño" (escrita em 1969); "Primavera Porteña" e "Invierno Porteño", ambas escritas em 1970.
Em 2009, o compositor russo Leonid Desyatnikov fez um novo arranjo destas quatro peças, estabelecendo-lhes uma maior ligação entre Vivaldi e Piazzolla.  Por exemplo, na composição "Verano Porteño"  incluiu elementos do "L'inverno" de Vivaldi.
A Companhia "Tango Fire" de Buenos Aires foi formada em 2005 e a sua primeira apresentação ocorreu, nesse ano, em Singapura. Os espectáculos da companhia "Tango Fire" são coreografados pelo coreógrafo e dançarino argentino, German Cornejo. Veja, agora, o vídeo abaixo, que mostra  esta companhia de Buenos Aires, que é única no mundo do tango,  interpretando o "Verano Porteño" de Ástor Piazzolla.

segunda-feira, setembro 03, 2012

Fui sabendo de mim


Fui sabendo de mim
por aquilo que perdia

pedaços que saíram de mim
com o mistério de serem poucos
e valerem só quando os perdia

fui ficando
por umbrais
aquém do passo
que nunca ousei

eu vi
a árvore morta
e soube que mentia
Mia Couto,  "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

domingo, setembro 02, 2012

Asa Branca

Elba Ramalho  (1951) é uma cantora e atriz brasileira. Recebeu da Associação de Críticos de Arte de São Paulo o prémio de "Melhor Show do Ano", em duas ocasições: em 1989 pelo show Popular Brasileira e em 1996 pelo show Leão do Norte. A sua primeira experiência musical aconteceu em 1968, tocando bateria no conjunto feminino "As Brasas". Elba  cantou e  participou também em  festivais pelo nordeste brasileiro. Em 1979, lançou o seu primeiro álbum, "Ave de Prata". Em 2009, Elba fez 30 anos de carreira e celebrou os mais de 6 milhões de discos vendidos. É bicampeã do Grammy Latino, pelos álbuns: "Qual o Assunto Que Mais Lhe Interessa?", lançado em 2008 e "Balaio de Amor", 2009, na categoria Melhor Álbum de Raízes Brasileiras. Ouça-a, então, em Asa Branca.
Canta Luiz, canta Luiz
Tua sanfona e teu cantar me faz feliz
Toca Luiz, canta pra nós
Quero dormir e acordar com tua voz
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água, perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por falta d'água, perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a Asa Branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe, muitas léguas
Na mais triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, num chore não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração
Eu te asseguro, num chore não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração