sábado, novembro 24, 2012

O Soajo

A Serra do Soajo é a sétima maior elevação de Portugal Continental, com 1416 m de altitude. Situa-se nos concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço e Monção. Existe uma vila milenar que tomou ou deu o nome à elevação - o Soajo. Esta serra faz parte do Parque Nacional Peneda Gerês. Um violento incêndio em Agosto de 2010, queimou grande parte da Serra do Soajo.
O Soajo é uma vila e freguesia (16,8 h/km²) portuguesa do concelho de Arcos de Valdevez, com 58,59 km² de área e 986 habitantes (2011). Foi vila e sede de concelho entre 1514 e meados do século XIX. O conselho era constituído pelas freguesias de Ermelo, Gavieira e Soajo. Tinha, em 1801, 2054 habitantes. Em 1849 tinha 3159 habitantes. Foi re-elevada à categoria de vila em 12 de Junho de 2009. A vila de Soajo, característica nas suas formas particulares de vivência e organização social e económica, é provavelmente um dos destinos concelhios mais divulgados e conhecidos, integrando uma área geográfica que foi concelho até à reforma liberal do século XIX. A Vila do Soajo é também famosa pelo vasto conjunto de espigueiros erigidos sobre uma enorme laje granítica, usada pelo povo como eira comunitária. O mais antigo data de 1782. Estes monumentos de granito foram construídos na altura em que se incrementou o cultivo do milho e serviam para proteger o cereal das intempéries e dos animais roedores. No topo são geralmente rematados por uma cruz, que significa a invocação divina para a protecção dos cereais. Parte destes espigueiros são ainda hoje utilizados pelas gentes da terra.
Nas serranias da Peneda, Gerês e Amarela, o sistema de habitat de "brandas" e "inverneiras" é um marco referencial da maior singularidade e interesse etnológico e patrimonial. A branda é um espaço de uso mais sazonal, com uma ocupação secundária, conectada sobretudo com os usos agrícolas e pastoris de Verão, por oposição à inverneira tradicionalmente de cariz mais permanente. Ocupam geralmente cotas de terreno a cima dos 600 metros, substancialmente mais altas que as inverneiras a que se associam. Nas áreas espaciais do Soajo as brandas recebem somente o gado e pastores, integrando por isso estruturas de abrigo bastantes desenvolvidas. Se quiser conhecer um pouco mais esta região sugiro que veja os dois vídeos que se seguem. Um deles é um pequeno filme convertido em vídeo.   

sexta-feira, novembro 23, 2012

Se não tenho outra voz


Se não tenho outra voz que me desdobre
Em ecos doutros sons este silêncio,
É falar, ir falando, até que sobre
A palavra escondida do que penso.

É dize-la, quebrado, entre desvios
De flecha que a si mesma se envenena,
Ou mar alto coalhado de navios
Onde o braço afogado nos acena.

É forçar para o fundo uma raiz
Quando a pedra cabal corta caminho,
É lançar para cima quanto diz
Que mais árvore é o tronco mais sozinho.

Ela dirá, palavra descoberta,
Os ditos do costume de viver:
Esta hora que aperta e desaperta,
O não ver, o não ter, o quase ser
José Saramago

quinta-feira, novembro 22, 2012

A Porta do Inferno é em Darvaz

Darvaz ou Darvaza, é uma vila do Turquemenistão com cerca de 350 habitantes. Fica localizada a cerca de 260 km ao norte de Ashgabat, no meio do deserto de Karakum (que é o 11º maior deserto do mundo), que ocupa mais de 70% do país.  A área do Turquemenistão é de 350.000 Km2 e é um país rico em petróleo, enxofre e gás natural. Os habitantes são principalmente turcomanos da tribo Teke, que conservam um estilo de vida semi-nómada.
A chamada Porta do Inferno (ou Porta para o Inferno) é uma cratera situada próxima de Darvaz. A imensa cratera recebeu este nome devido às labaredas que nela flamejam. Daí que faça lembrar a descrição popular do acesso ao Inferno. A cratera faz parte de uma mina de 60 metros de diâmetro por 20 metros de profundidade. Em 1971, geólogos soviéticos efectuaram, ali, estudos de viabilidade para a extracção de gás natural. Acabaram por encontrar o que procuravam. Durante as escavações, porém, foi descoberta uma caverna subterrânea de grande profundidade, repleta de gás tóxico. As perfurações foram suspensas e foi ateado fogo ao local, a fim de que o conteúdo tóxico fosse consumido pelofogo, já que havia o receio de consequências para a população. Contudo, o fogo nunca mais se extinguiu, e a cratera continua a arder até hoje. Está em chamas há pelo menos 37 anos. As chamas da cratera, podem ser vistas, durante a noite, a quilómetros de distância - o brilho laranja pode até ser visto nas imagens de satélite do Google Maps. Em Abril de 2010, o presidente do Turquemenistão visitou o local e considerou que o buraco devia ser fechado, e que deviam ser tomadas medidas para o efeito. Pode ficar a conhecer melhor este local, através da apresentação e do vídeo que se seguem.

quarta-feira, novembro 21, 2012

O Sári Indiano

sári é o traje nacional das mulheres indianas. É constituído por uma longa peça de pano (consome cerca de 6 metros de tecido) que envolve e cobre todo o corpo das mulheres. 
 O tecido dos saris pode também pode ser usado na decoração, nomeadamente, em cortinas, almofadas, toalhas de mesa, travesseiros, etc.
Se quiser saber como se fabricam estes tecidos (alguns são de uma beleza e riqueza extraordinárias) sugiro-lhe que veja a apresentação que se segue.
Se pretender ficar a saber como se veste um sári, veja também o vídeo que acompanha este "post".

terça-feira, novembro 20, 2012

À Descoberta de Angola

«À Descoberta de Angola», de Joost De Raeymaeker (Oficina do Livro), é «o primeiro guia de viagens em português que mergulha nas profundezas de Angola». «O autor deslocou-se de autocarro, em caixas de carga de carrinhas e camiões ou como pendura de motos. Dormiu em pensões, na casa de pessoas que lhe ofereceram um tecto e, muitas vezes, também dormiu ao relento. Experimentou a gastronomia no meio da rua, em tascas escondidas e nos omnipresentes buffets angolanos, saboreando funges, pirões, verduras, lagartas, macaco e também suricata… Cada um dos percursos corresponde a uma aventura, mas é também uma prova de que é possível viajar de maneira segura e descontraída pelo imenso território de Angola. Ao longo do livro encontrará informações úteis sobre deslocações, alojamento, saúde, cultura, praias, história, aventura, etc. Tudo isto é uma boa ajuda para reduzir os imprevistos e aumentar o prazer de uma viagem por este país intenso e inesquecível, tanto nos seu paradoxos como nas suas gentes e viagens. O autor propõe-lhe quinze percursos por um país fascinante, de gente amigável e de grandes horizontes.»

segunda-feira, novembro 19, 2012

A Bolívia, é oficialmente conhecida como Estado Plurinacional da Bolívia. É um país encravado no centro-oeste da América do Sul e faz fronteira com o Brasil ao norte e leste, Paraguai e Argentina ao sul, e Chile e Peru a oeste.
Antes da colonização europeia, a região andina boliviana fazia parte do império Inca - o maior império da era pré-colombiana. O império Espanhol invadiu e conquistou essa região no século XVI. Após declarar a independência em 1809, a Bolívia viveu dezasseis anos de guerras antes do estabelecimento da república, instituída por Simón Bolívar, em 6 de agosto de 1825. Desde então, o país tem passado por períodos de instabilidade política, ditaduras e problemas económicos. Hoje a Bolívia é uma república democrática, dividida em nove departamentos. O relevo da Bolívia varia entre os picos andinos no oeste e as planícies no leste, situadas na bacia Amazónica. É um país em desenvolvimento (PEV), com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio e uma pobreza que atinge cerca de sessenta por cento da população. No que se refere às principais actividades económicas, os bolivianos dedicam-se à agricultura, à silvicultura, à pesca, à actividade mineira, e à produção de bens como tecidos, confecções, metais refinados e petróleo refinado. A Bolívia é muito rica em minerais, especialmente o estanho. A população boliviana, estimada em 10 000 000 de habitantes (1.098.581 km²), é multiétnica (ameríndios, mestiços, europeus, asiáticos e africanos). A língua oficial é o espanhol, embora o aimará e o quíchua também sejam comuns. O grande número de diferentes culturas na Bolívia, contribuiu para uma grande diversidade em áreas como a arte, a culinária, a literatura e a música.
Se quiser ficar a conhecer melhor mais este país, desfrute da belíssima apresentação que se segue.

domingo, novembro 18, 2012

Nenhum governo...

"Nenhum governo está isento de legislar asneiras. O problema é quando tais asneiras são levadas a sério".

"A mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil ao maior número de pessoas."
Montaigne