quinta-feira, dezembro 31, 2015

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Mário Quintana

quarta-feira, dezembro 30, 2015

As Espécies de São Jorge

As espécies são bolos em forma de ferradura que têm pequenas frestas por onde se vê o recheio. Estes doces regionais são típicos da ilha de S. Jorge, nos Açores.
O nome deve-se à variedade de especiarias usada na receita.

A origem da receita remonta, talvez, à altura do povoamento da ilha de S. Jorge, no séc. XV, daí que estes doces regionais tenham na sua confeccão especiarias como a erva-doce, a canela e a pimenta.

Se quizer experimentar... deixo-lhe a receita e um vídeo para ajudar.
Não perca a oportunidade de conhecer e confecionar estes biscoitos regionais.

Ingredientes para o recheio:
500 g de açúcar ;
250 g de pão torrado ;
25 g de canela ;
30 g de erva doce moída ;
meia colher de café de pimenta-da-jamaica ;
raspa da casca de 1 a 2 limões ;
25 g de manteiga ;
Outros ingredientes:
massa tenra (para a base) veja a receita clicando aqui.

Confecção:
Leva-se o açúcar ao lume com 2 dl de água e deixa-se ferver até fazer ponto de fio. Junta-se o pão ralado na máquina e os restantes ingredientes. Mexe-se tudo e deixa-se cozer até a espécie ficar consistente. Deixa-se arrefecer de um dia para o outro.

Prepara-se a massa tenra (como é dito no link acima) e com uma carretilha cortam-se em tiras com cerca de 4 a 5 cm de largura e o comprimento que se quiser.

Marca-se o meio da massa no sentido longitudinal e, numa dessas metades, dão-se uns pequenos golpes horizontais.
Sobre a parte da massa inteira coloca-se um rolinho de espécie. Cobre-se este com a parte da massa cortada obtendo-se um rolo que se fecha molhando as pontas de massa.
Com estes rolinhos fazem-se argolas, letras, meias-luas, etc.
Levam-se a cozer em forno médio.

Veja agora isso tudo neste vídeo:

terça-feira, dezembro 29, 2015

A Casa de Pascoaes



A casa de Teixeira de Pascoaes localiza-se a cerca de três km de Amarante (sendo um dos destinos turísticos mais importantes do concelho), na freguesia de Gatão.

É um solar do século XVII, com uma pequena parte do século XVI, que pertenceu ao avô paterno de Pascoaes, médico da casa real. Desde então a casa manteve-se na mesma família, há mais de quatro gerações.

Uma casa muito especial. Pelos detalhes da sua beleza arquitectónica, pela sua privilegiada vista sob a Serra do Marão, pela sua proximidade ao rio Tâmega, mas também, por causa de quem nela viveu: Os Teixeira de Vasconcelos, ou os Pascoaes de Amarante.

No início do Século XIX, quando Napoleão Bonaparte tentou invadir Portugal, os Franceses incendiaram quase a totalidade da casa, salvando-se apenas a capela, o que o povo considerou um milagre. Foi reconstruída nos anos que se seguiram, e o aspecto exterior da casa, está praticamente idêntico desde a sua fundação.

Foi primitivamente restaurada pelo bisavô do poeta e, mais tarde, objeto de nova campanha de remodelações promovida pela mãe de Teixeira de Pascoaes, que transformou alguns salões em quartos.

Hoje, a Casa de Pascoaes (uma quinta com solar, onde residiu o poeta português) é uma casa-museu dedicada ao escritor Teixeira de Pascoaes.


Outro vídeo sobre a Casa/Quinta TEIXEIRA DE PASCOAES / AMARANTE (Minho - Portugal). Não perca


segunda-feira, dezembro 28, 2015

Fado Corrido

Fado Corrido é um filme português (1964) realizado por Jorge Brum do Canto com um argumento de Jorge Brum do Canto e de David Mourão Ferreira.

Como intérpretes, o filme conta com Amália Rodrigues, Jorge Brum do Canto, Florbela Queiroz e João Mota.

A história:
Um fidalgo marialva apaixona-se por uma fadista, que põe fim à efémera relação, aceitando o amor de um companheiro de adolescência, recém chegado de África.

O ciúme e o despeito transtornam o imprevisível nobre, até se convencer de que tudo acabou, resignando-se ao afecto desinteressado de uma jovem.

Nunca viu este filme? Aproveite agora!

domingo, dezembro 27, 2015

O Monte Nebo

O Monte Nebo é o local onde se acredita que tenha morrido Moisés, em busca da "Terra Prometida" tal como vem mencionado na Bíblia (no Deuteronómio) .
Lá está o mausoléu em sua homenagem, além do monumento ao papa João Paulo II, que ali fez uma visita no ano 2000, durante a sua peregrinação à Terra Santa. O papa Bento XVI também visitou o local, em 2009.
Do alto do Monte Nebo observa-se um panorama fantástico da Terra Santa e, para norte, uma vista mais limitada do vale do rio Jordão (local onde Jesus foi batizado). O rio (que fica a 25 m, do Monte Nebo) desagua no Mar Morto e delimita parte da fronteira entre a Jordânia e Israel.
O local está a 46 km de Jerusalém e a 27 km de Jericó, a cidade mais antiga do mundo. Quando o tempo está limpo, consegue ver-se dali, a Mesquita da Cúpula de Ouro de Jerusalém e a cidade de Jericó .
O Monte Nebo  é um monte localizado na Jordânia com cerca de 817 m de altitude. A apenas 20 minutos deste monte fica o Mar Morto, que se situa a – 409 metros abaixo do nível do mar (o ponto mais baixo do mundo).
Os restos de uma igreja e de um mosteiro primitivos foram descobertos no seu topo em 1933. A igreja foi construída na segunda metade do século IV em memória da morte de Moisés.
Segundo o Macabeus II, o profeta Jeremias subiu esta montanha, e guardou numa caverna a Arca, o Tabernáculo e o Altar dos Perfumes.
Portanto, o Monte Nebo é o lugar onde estará a Arca da Aliança ou pelo menos aonde ela foi vista da última vez, de acordo com este livro.
Para o Monte Nebo foram levados mosaicos antiquíssimos de outras igrejas, que estão lá armazenados e protegidos por uma tenda feita de lã de dromedário.

sábado, dezembro 26, 2015

Natal! Natal!


"Natal! Natal!", é um livro, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, para os 3º, 4º, 5º e 6º nnos de escolaridade.
Aqui lho deixo como sugestão de leitura ou de oferta, para este Natal.
Sinopse:
Cinco histórias de Natal que agradam a pessoas de todas as idades e enchem o coração de ternura.Uma peça de teatro para ler ou representar em família ou na escola, centrada em figuras que têm andado um pouco esquecidas: «As rainhas magas».

sexta-feira, dezembro 25, 2015

Natal das Crianças (Estrelas do Natal)

Com votos de um Santo Natal oiça a cantora brasileira Ivete Sangalo em o "Natal das Crianças (Estrelas do Natal)".
Ivete Sangalo (1972) é uma cantora, compositora, instrumentista, atriz, apresentadora, produtora, empresária e escritora brasileira.
Esta cantora alcançou sucesso quando ainda era vocalista da Banda Eva.
Na sua carreira a solo, já vendeu mais de 15 milhões de cópias, transformando-se numa das artistas que mais discos vende no Brasil.
Ivete é mais frequentemente reconhecida pela sua poderosa voz, pelo seu carisma e pelas notáveis performances durante os shows.

Um Conto de Natal ou O Natal do Sr. Scrooge

Assista a "Um Conto de Natal", filme em desenho animado, baseado na ainda actual e marcante obra do escritor inglês, da época vitoriana, Charles Dickens.
Sinopse:
"Um Conto de Natal" ou "O Natal do Sr. Scrooge" é talvez um dos mais conhecidos contos da literatura universal e, sem dúvida, o mais conhecido conto de Natal. Nele, todo o sortilégio do Natal é tratado na prosa de um dos melhores caricaturistas sociais de todos os tempos, que foi talvez aquele que melhor soube apreender e transmitir o espírito do Natal!
Inúmeras vezes adaptado ao teatro, cinema e televisão, poucos serão aqueles que ainda não ouviram falar do fantasma do Natal Passado, do fantasma do Natal Presente e do Fantasma do Natal Futuro e do velho avarento que é visitado por estes espíritos que lhe transmitirão o verdadeiro sentido do Natal.
Escrito por Charles Dickens em 1843, "Um Conto de Natal" mereceu uma grande produção cinematográfica da Disney, recorrendo às mais modernas tecnologias.
Não perca a oportunidade de assistir a este filme e de ler o livro (livro recomendado para o 7º ano de escolaridade e também recomendado para a formação de adultos, como sugestão de leitura).

quinta-feira, dezembro 24, 2015

Concerto de Natal: Os Três Tenores

Com votos de Boas Festas e de um Santo Natal, fique com o excelente concerto de Natal dos Três Tenores (Viena, 1999).
Três Tenores é o nome dado ao trio de tenores eruditos Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Pavarotti, que cantaram juntos, em concertos, durante a década de 1990 e no início da década de 2000. A primeira performance do trio ocorreu nas Termas de Caracala, em Roma, Itália, em 7 de julho de 1990.

Poema Do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?
  • Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
Ouça este poema na voz da Maria Bethânia:

quarta-feira, dezembro 23, 2015

Natal é Quando Um Homem Quiser


Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão

O Natal é quando um Homem quiser!

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

ARY DOS SANTOS

E agora este mesmo poema, na excelente voz de Paulo de Carvalho.


terça-feira, dezembro 22, 2015

O Velhinho

Mais uma música de Natal que faz parte do folclore brasileiro:  "O Velhinho". Boas Festas.
Deixei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal

Como é que Papai Noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre
o velhinho sempre vem!

segunda-feira, dezembro 21, 2015

NATAL

Menino Jesus feliz
Que não cresceste
Nestes oitenta anos!
Que não tiveste
Os desenganos
Que eu tive
De ser homem,
E continuas criança
Nos meus versos
De saudade
Do presépio
Em que também nasci,
E onde me vejo sempre igual a ti.
Miguel Torga  (1988)

domingo, dezembro 20, 2015

Boas Festas

Com votos de Boas Festas, aqui lhe deixo uma das mais belas Canções De Natal:" Boas Festas", conhecida também como "Eu pensei que todo mundo fosse filho de papai Noel", ou ainda "Anoiteceu", do compositor brasileiro, Assis Valente.
Anoiteceu, o sino gemeu
E a gente ficou feliz a rezar
Papai Noel, vê se você tem
A felicidade pra você me dar
Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem
Assis Valente

sábado, dezembro 19, 2015

Non, Je Ne Regrette Rien

Assinalando o centenário do nascimento de Édith Piaf, ouça-a em "Non, Je Ne Regrette Rien".
Édith Piaf, (1915 - 1963), também conhecida como o "Pequeno Pardal", foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, tendo participado também em peças teatrais e filmes.  Mas, foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson, tornando-se a 10ª maior francesa de todos os tempos.
O sua forma de cantar expressava claramente a trágica história da sua vida.
Entre os seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960).
Em junho de 2007 foi lançado um filme biográfico sobre Piaf, com o título "La Môme", realizado por Olivier Dahan.
Édith Piaf está sepultada no célebre cemitério parisiense, Père-Lachaise. O seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.

sexta-feira, dezembro 18, 2015

Menino Austríaco




1. Assinalando a época natalícia que se avizinha a passos rápidos, veja a felicidade deste menino austríaco, ao receber um par de sapatos novos, durante a Segunda Guerra Mundial.

quinta-feira, dezembro 17, 2015

Bexigas de S. Lázaro

Este é mais um doce tradicional originário de Vila Real, associado a lendas e histórias. Esta é mais uma receita da nossa gastronomia associada à religião e aos seus santos.

São Lázaro celebra-se a 17 de dezembro. O seu nome, de origem hebraica, significa "o que Deus ajudou".

Reza a história que, a doença das "bexigas" (designação popular dada à varíola) matou muita gente em Vila Real e arredores. Poupou, contudo, os moradores do Bairro dos Ferreiros, que eram muito devotos de São Lázaro, protetor contra o mal das "bexigas", cuja imagem veneravam na antiga capela de Santa Margarida.

Desde estão, esta capela passou a ser conhecida como capela de São Lázaro, e os devotos passaram a levar-lhe como oferendas uns bolinhos que se apresentam com forma funda a imitar a cicatriz que a doença das "bexigas" deixa no rosto das pessoas. Os biscoitos ganharam, por isso, o nome de "Bexigas de São Lázaro". Se quiser conhecer mais histórias ou obter mais informações sobre este doce, basta clicar aqui e aqui.

"Bexigas de São Lázaro"
Ingredientes
125 gr de açúcar,
220  gr de farinha,
0,5 dl de água,
raspa de um limão e
um pouco de azeite (q.b.).
Preparação
Amassa-se tudo muito bem até conseguir uma massa uniforme. Forma-se um rolo com esta massa. Corta-se às rodelas com três centímetros de espessura. Prepara-se um tabuleiro de ir ao forno untando-o com um pouco de azeite. Colocam-se aí discos de massa. Depois dá-se-lhes uma dedada no meio de cada um o que simbolizará a representação da "bexiga". Vai ao forno aquecido a cento e oitenta graus, durante cerca de vinte minutos.
Depois de retirar o tabuleiro do forno, deve deixar arrefecer os biscoitos.
Para terminar a receita é necessário ainda colocar ao lume 250 gr de açúcar com 190 mililitros de água. Deixe ferver durante um minuto. Depois mergulhe as "bexigas" nesta calda e escorra-as numa rede. E estão prontas as "Bexigas de São Lázaro".

Bom apetite e... antecipados votos de Bom Natal.

quarta-feira, dezembro 16, 2015

Geoparque Terras de Cavaleiros

O Geopark Terras de Cavaleiros é uma área geográfica bem definida, coincidente com os limites administrativos do concelho de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, Região Norte (Trás-os-Montes) de Portugal.
Tem um importante património geológico ao qual se soma um grande património natural, um notável património histórico-cultural, os produtos locais, a rica gastronomia e a arte de bem receber das suas gentes.
O singular Património Geológico dá a oportunidade de percorrer milhões de anos na história da Terra, o que tem despertado o interesse de geólogos de todo o mundo. O Património Natural é diferenciador, com paisagens deslumbrantes e preservadas, mantendo viva a identidade do povo, que conserva o segredo de tratar a terra, a mestria com que confeciona os seus pratos e o carinho com que acolhe aqueles que o visitam.
O Geopark Terras de Cavaleiros assume um papel importante no sentido de estimular o turista a viver experiências gratificantes. O Geopark Terras de Cavaleiros é um destino geoturístico de excelência, que proporciona vivências científicas, educativas e culturais, preocupando-se sempre com o desenvolvimento sustentável do território, de maneira a manter intactas as suas características naturais e a autenticidade das suas gentes.
Este Geoparque já fazia parte das Redes Europeia e Global de Geoparques desde 2014. Mas, recentemente a  UNESCO reconheceu os Geoparques como área do seu trabalho, através do “Programa Mundial de Geociências e Geoparques da UNESCO – IGGP”.
O programa das Geociências e dos Geoparques é colocado ao mesmo nível dos conhecidos programas de Património da Humanidade ou Reserva da Biosfera. 
O concelho de Macedo de Cavaleiros é agora, oficialmente, detentor de duas classificações da UNESCO: a da Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica, tendo em conta a Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, e todo o seu território de quase 700 km2, pelo Geopark Terras de Cavaleiros.

Geopark Terras de Cavaleiros (Lands of Knights Geopark) - Portugal from idenya on Vimeo.

terça-feira, dezembro 15, 2015

Berlim, 1945

Proponho-lhe que veja um pequeno documentário (Sensationelles Filmmaterial! Berlin nach der Apokalypse in Farbe und HD), só recentemente disponível e, filmado logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em Berlim.
Note que 95% dos edifícios foram destruídos, os peões e os ciclistas circulam por Berlim, e que são raros os automóveis.  De referir que há autocarros em circulação e o metro já funcionava.
Podemos observar que as mulheres limpam o entulho sem ferramentas, enquanto os pisos e as calçadas são restauradas por crianças.
Consegue ver soldados americanos e russos por toda a parte, enquanto se nota que são os polícias alemães que controlam o tráfego.
Foi o lento retorno à vida "normal" após a derrota e o final da guerra.
70 anos depois, este documentário serve para lembrar o que foi a Segunda Guerra Mundial, para que as novas gerações evitem desastres iguais.    
Sensationelles Filmmaterial! Berlin nach der Apokalypse in Farbe und HD - Berlin In July 1945 (HD 1080p) from Konstantin von zur Mühlen on Vimeo.

segunda-feira, dezembro 14, 2015

Ainda mais algumas fronteiras

1. China - Rússia
A fronteira entre China e Rússia é a linha que limita os territórios da República Popular da China e da Rússia. Entre a década de 1960 e a década de 1980 esta fronteira foi alvo de forte contestação num contexto muito tenso. Foram, recentemente, assinados novos tratados e o traçado da fronteira foi reconhecido pelos dois estados em 2004.
A fronteira sino-russa é constituída por dois troços de comprimento desigual de um lado e de outro da Mongólia. Está definida integralmente por acordo mútuo desde 2004.

2. México - Estados Unidos
A fronteira internacional entre os Estados Unidos e o México estende-se desde San Diego, na Califórnia, e Tijuana, na Baja Califórnia, a oeste, Matamoros, em Tamaulipas, e Brownsville, no Texas, a leste.
Esta fronteira atravessa uma variedade de terrenos, percorrendo desde grandes áreas urbanas até desertos inóspitos. Do Golfo do México ela segue o curso do Rio Grande até El Paso, no Texas, e Ciudad Juárez, em Chiruahua.
A extensão total da fronteira é de 3141 km, de acordo com a Comissão Internacional de Limites e Águas. É a fronteira internacional mais frequentemente cruzada do mundo, com aproximadamente 350 milhões de pessoas atravessando-a legalmente todo ano. Veja agora uma reportagem especial do Jornal da Globo sobre a  "Fronteira México x Estados Unidos".

domingo, dezembro 13, 2015

Os Pitos de Santa Luzia

Os "Pitos de Santa Luzia" são uma receita típica da gastronomia portuguesa (Vila Real) que está associada a lendas, histórias e alguma marotice.

Conta-se que os Pitos de Santa Luzia foram inventados por Ermelinda Correia, que veio a ser mais tarde a Irmã Imaculada de Jesus. Esta rapariga tinha um defeito: era muito gulosa. Este facto obrigou os pais a enclausurarem-na no Convento de Santa Clara, na esperança de transformar o pecado em virtude.

A Irmã Imaculada tornou-se devota de Santa Luzia, padroeira dos cegos e das coisas da vista. Um certo dia estava a irmã aplicar os curativos nos seus doentes, com uns pachos de linhaça, que eram uns quadrados de pano cru onde se colocava a papa, dobrando as pontas para o centro para não verter a poção - usados como pensos para os ferimentos, quando de repente teve uma visão.

Correu para a cozinha e fez a massa de farinha e água e cortou-a em pequenos quadrados. Tinha consigo o açúcar que lhe cabia na ração, e fez uma compota de abóbora. À imagem dos pachos dobrou a massa por cima da compota e levou ao forno a cozer. A seguir despachou-se a escondê-los, pois estava proibida de ser gulosa.

A caminho cruzou-se com a madre superiora que era cega. A madre perguntou desconfiada, o que levava no tabuleiro, cheirando o perfume adocicado a Irmã Imaculada, apressa-se a responder que são pachos de linhaça para os doentes do dia seguinte.

Hoje é dia de Santa Luzia. Neste dia, em Vila Real, manda a tradição que as raparigas da cidade ofereçam o Pito aos rapazes seus eleitos, para que no dia 3 de Fevereiro, dedicado, na liturgia, a São Brás, os rapazes, retribuam a oferta com a Gancha (um rebuçado em forma de báculo bispal).
Neste dia especial e para assinalar esta tradição, aqui fica uma receita dos Pitos de Santa Luzia.

Ingredientes
Massa: 
300 g farinha
75 g banha de porco
50 g açúcar
sal q.b.
Leite q.b.
Recheio:
Doce de abóbora q.b.
Farinha para polvilhar
açúcar q. b.;
canela q.b.
Preparação
Num alguidar mistura-se a farinha, a banha, o açúcar, o sal e o leite até obter uma massa consistente. Forma-se uma bola com a massa, polvilha-se com farinha e deixa-se a massa a descansar.

Durante o tempo de espera prepara-se o recheio. Coze-se a abóbora passando-a pelo "passe-vite". A este puré é adicionado o açúcar e a canela.
Estenda a massa, corte quadrados e coloque no centro de cada um, uma colher (sopa) de doce de abóbora e forme uma trouxa. Leve ao forno num tabuleiro polvilhado com farinha.

sábado, dezembro 12, 2015

Strangers in the Night

Frank Sinatra foi um cantor e ator norte-americano, considerado uma das maiores vozes do século XX . Durante os mais de 50 anos de carreira, "The Voice" (como era conhecido), lançou centenas de canções, como Killing Me Softly, Strangers in the Night, New York, New York, My Way, Fly Me to the Moon, entre outras.
"Frank" Sinatra (12 de dezembro de 1915-1998) iniciou a sua carreira musical na "swing era" com Harry James e Tommy Dorsey.
Sinatra tornou-se um artista de sucesso, a solo, nos anos 40 do século XX. Sendo um ídolo das "bobby boxers" (como eram conhecidas as jovens fãs do swing), lançou o seu primeiro álbum, "The Voice of Frank Sinatra" em 1946. Em 1953 venceu o Óscar de melhor ator secundário pela sua interpretação em "From Here to Eternity".
Em 1953 lançou vários álbuns que foram aclamados pela crítica (como "In the Wee Small Hours", "Songs for Swingin' Lovers", "Come Fly with Me", "Only the Lonely" e "Nice 'n' Easy").
Em 1961 Sinatra fundou a sua própria gravadora e editou álbuns de sucesso como "Ring-a-Ding-Ding!", "Sinatra at the Sands" e "Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim").
Realizou tours internacionais, participou em vários filmes e confraternizou com celebridades e homens de estado, incluindo John F. Kennedy.
Em 1973 gravou vários álbuns. Alcançou um "Top 40" com New York, New York em 1980. Realizou turnês nos Estados Unidos e internacionalmente, até pouco antes de sua morte em 1998.
Os seus principais sucessos são "Fly Me to the Moon", "My Way" e "New York, New York". Sinatra também cantou com o brasileiro Tom Jobim. Deste encontro resultou "The Girl from Ipanema". Assinalando aqui, o centenário do seu nascimento, não perca Sinatra a interpretar "Strangers in the Night".

sexta-feira, dezembro 11, 2015

Não chores diante do meu túmulo

Não chores diante do meu túmulo
Eu não estou lá
Eu não durmo
Eu sou os mil ventos que sopram
Eu sou o diamante que cintila na neve
Eu sou o sol nos grãos maduros
Eu sou a suave chuva de outono
E quando acordares no silêncio da manhã
Eu sou a prontidão inspiradora
Das aves tranquilas circulando em voo
Eu sou as estrelas que brilham suave na noite
Não chores diante do meu túmulo
Eu não estou lá
Mary Elizabeth Frye

quinta-feira, dezembro 10, 2015

"Magnífica e Miserável – Angola desde a Guerra Civil"

"Magnífica e Miserável – Angola desde a Guerra Civil" (Tinta da China) é um livro, publicado recentemente, pelo português Ricardo Soares de Oliveira.
Ricardo Soares de Oliveira é professor de Política Africana no departamento de Política e Relações Internacionais da Universidade de Oxford e membro do Instituto de Políticas Públicas Globais, em Berlim.

É co-autor dos livros "The New Protectorates: International Tutelage and the Making of Liberal States" (com James Mayall) e "China Returns to Africa" (com Chris Alden e Daniel Large). Este académico já trabalhou na área da "governance" para o Banco Mundial, a Comissão Europeia e o Ministério da Defesa francês.
Sinopse:
"Um livro de leitura obrigatória para compreender a ascensão económica fulgurante de Angola na última década. "Magnífica e Miserável" retrata as mudanças vertiginosas que se vivem em Angola, um país incontornável como exportador de petróleo e diamantes, e cada vez mais influente em África. Com base em três anos de pesquisa e no seu conhecimento pessoal do país, Ricardo Soares de Oliveira descreve a súbita ascensão da economia angolana e o seu enquadramento no sistema internacional desde 2002, ano em que emergiu de uma das guerras civis mais longas e sangrentas de África. Num país historicamente marcado pelo tráfico de escravos, pela exploração colonial e pela guerra, os angolanos pretendem agora construir uma sociedade decente.Perante esse desafio, como tem agido o governo angolano, presidido por José Eduardo dos Santos desde 1979? Conseguirá o regime dar resposta às expectativas do seu povo? 
«Esta cleptocracia é aceite como parte do sistema ocidental. Depende de trabalhadores ocidentais para funcionar. Os oligarcas angolanos habitam o mundo da economia global de luxo, frequentando escolas privadas britânicas e lojas Hermès, utilizando gestores de bens suíços, etc. Aliás, como defende o cientista político Ricardo Soares de Oliveira no seu maravilhoso livro Magnífica e Miserável: Angola desde a Guerra Civil, vivemos no ‘mundo ideal do oligarca’. Os países ocidentais já nem sequer fingem censurar os cleptocratas.» Financial Times" 
«Uma observação lúcida, clara e extremamente bem informada de um país particularmente complexo e frequentemente absurdo, apoiada numa escrita de rara qualidade literária. Brilhante!» José Eduardo Agualusa
Se quiser conhecer um pouco mais sobre este país africano, veja agora também, uma excelente reportagem do New York Times, clicando aqui.

quarta-feira, dezembro 09, 2015

Lugares Inóspitos

1. O lugar mais quente do mundo
Situa-se no Parque Nacional do Vale da Morte, nos Estados Unidos. Detém o recorde de temperatura mais alta, que foi registada em 10 de julho de 1913 e chegou a 56 °C.



2. O lugar mais frio do mundo
Fica na Antárctida, onde, em agosto de 2010, foi registado o recorde da temperatura mais baixa do mundo:  - 93 ° C.




3. O lugar mais alto do mundo
Localiza-se no Nepal. O Monte Everest tem uma altura de 8,85 km e ganhou o título da maior elevação do mundo.


4. O lugar mais baixo do mundo
O Mar Morto, localizado na fronteira entre Israel e a Jordânia, é o ponto mais baixo do mundo, situando-se 427 metros abaixo do nível do mar. Também é considerada a menor massa de água no mundo.



5. O lugar (subaquático) mais profundo do mundo
A Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico tem uma profundidade de 10,91 km abaixo do nível do mar. Conhecida sob o nome de "Abismo Challenger"  foi vista até agora por apenas 3 seres humanos. Há mais pessoas que já visitaram a lua do que as que conhecem a Fossa das Marianas.



6. O lugar mais húmido do mundo
A povoação de Mawsynram no subcontinente indiano, regista uma precipitação média anual que chega a 1.187 centímetros. Em 1985 teve uma precipitação recorde, de 25,4 metros.



7. O lugar mais seco do mundo
Situa-se no deserto de Atacama na América do Sul. Tem uma precipitação média  de cerca de 10 centímetros a cada mil anos. Sim, leu bem, por cada mil anos.

terça-feira, dezembro 08, 2015

A Igreja da Conceição Velha

A festa da Imaculada Conceição, é comemorada hoje 8 de dezembro, e foi definida como uma festa universal em 28 de fevereiro de 1476, pelo Papa Sisto IV.
Para assinalar esta efeméride nada como dar a conhecer a Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha é uma igreja localizada no centro de Lisboa, na Rua da Alfândega. Resultou da reconstrução após o terramoto de 1755 da antiga Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia de Lisboa, sede da primeira Misericórdia do país. A sua fachada é, juntamente com o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, uma das melhores estruturas do manuelino sobreviventes ao grande terramoto. Está classificada como monumento nacional desde 1910.
A igreja está localizada na Baixa Pombalina, perto da Praça do Comércio, na freguesia de Santa Maria Maior. O edifício combina elementos de diferentes igrejas, resultado da reconstrução realizada após o terramoto de 1755, quando a maioria dos edifícios da cidade foi destruída.
A primitiva igreja existente no local, a Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia, era o segundo maior templo da Lisboa manuelina a seguir ao Mosteiro dos Jerónimos, em Belém. Fora mandada edificar por D. Manuel I e concluida em 1534, como sede da Misericórdia instituída em 1498 por iniciativa de Leonor de Viseu, sua irmã e viúva de D. João II de Portugal, e do seu confessor Frei Miguel Contreiras. Quando o templo foi destruído pelo terramoto, os elementos resgatados foram incorporados na nova edificação que passou a chamar-se da Conceição Velha.
Com o terramoto ruiu também a Igreja da Conceição dos Freires, que D. Manuel doara em 1502 aos freires da Ordem de Cristo. Esta igreja fora instituida no lugar da sinagoga após a extinção da Judiaria Grande em 1496. A denominação Igreja da Conceição, passou para a nova igreja reconstruida.

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Fronteiras com arame farpado

1. Bangladesh e Índia
A fronteira entre o Bangladesh e a Índia é uma linha muito sinuosa que limita os territórios do Bangladesh e da Índia. Mesmo contornando um país relativamente pequeno, é uma das mais complexas e a quinta mais extensa do mundo.


2. Síria e Iraque
A fronteira entre o Iraque e a Síria é uma linha de 605 km de extensão, que separa o noroeste do Iraque do território da Síria. A linha divisória estende-se entre a fronteira tripla, Iraque-Síria-Jordânia do sul, no Deserto Sírio, e num outro ponto triplo, a norte, (no Curdistão) dos dois países com a Turquia.
Ambas as nações fizeram parte do Império Otomano desde 1516 (Síria) e 1638 (Iraque). Com o final da Primeira Grande Guerra ambos passaram para a tutela britânica. Em 1932, o Iraque obtém a independência definitiva. A Síria passa, tal como o Líbano, a ser domínio da França, por acordo com os britânicos. A independência em 1946 deu origem, à Síria e ao Líbano. De acordo com estes factos se formou a fronteira.

3. Índia e Paquistão
A fronteira entre a Índia e o Paquistão é a linha que limita estes dois países. Foi estabelecida aquando da independência dos dois estados a partir do Raj Britânico, em 1947. As relações entre os dois estados são muito tensas e a passagem na fronteira de pessoas e bens é estritamente limitada. A principal fonte desta discórdia relaciona-se com a questão de Caxemira. Nesta região, não há consenso sobre o traçado da linha de fronteira.

4. Índia e Myanmar (Birmânia)
A fronteira entre a Índia e Myanmar estende-se por 1463 km a oeste de Myanmar. Esta fronteira separa a Birmânia das províncias de Arunachal Pradesh, Nagaland, Manipur e Mizoram, no extremo leste da Índia.
No seu extremo nordeste é a fronteira tríplice Índia-Mianmar-China (próximo do pico Hkakabo Razi),  ponto culminante de Myanmar e do Sudeste Asiático. O extremo sudoeste fica próximo do Golfo de Bengala, numa fronteira tríplice dos dois países com o Bangladesh. Parte da fronteira é definida pelo paralelo 24 N. A fronteira passa também pelo Monte Saramati, um pico ultraproeminente.
E agora veja o que é a cerimónia diária, do encerramento da fronteira, entre a Índia e o Paquistão.