sábado, janeiro 17, 2015

10 Estados não reconhecidos internacionalmente

Neste momento existem pelo menos 10 Estados não reconhecidos internacionalmente, sendo que a existência de 9 deles também não é reconhecida pela própria Organização das Nações Unidas.
O Estado da Palestina é, no entanto, um Estado observador da Organização das Nações Unidas.
Estes estados são  denominados Estados de facto mas não de jure.
Alguns deles têm décadas de existência e controlam realmente o seu território nacional, sendo que alguns são inclusive reconhecidos por um ou mais Estados (é o caso de Taiwan, da Palestina ou do Saara Ocidental que é reconhecido por 81 países). Outro é considerado pelos críticos como folclore (Seborga).
Esta situação não é um fenómeno recente e vários países declararam a sua indepêndencia unilateralmente: foi o caso de Portugal, por exemplo, e dos próprios Estados Unidos.

sexta-feira, janeiro 16, 2015

Ilhas de Lixo

Os oceanos e os mares estão cada vez mais poluídos.
O Programa Ambiental da ONU constatou que o plástico forma 90% do lixo flutuante dos oceanos. Este lixo está depositado na sua maior parte no Oceano Pacífico.
São 4 milhões de toneladas de garrafas e embalagens, que foram empurradas para ali pelas correntes marítimas e que formam um amontoado de 700 mil km2.
A quantidade de lixo sobre o Pacífico é de tal modo impressionante, queo activista ecológico Marcus Eriksen refere que se parece com "uma ilha de lixo plástico sobre a qual se pode andar. É uma sopa de plástico, uma coisa sem fim que ocupa uma área que pode corresponder a até duas vezes o tamanho dos EUA".
O lixo está a agrupar-se no mar devido à influência das correntes marítimas, formando assim verdadeiras ilhas oceânicas de lixo. Translúcida, esta "mancha" flutua rente à linha da água, e por isso, é imperceptível aos satélites. Os pesquisadores descrevem que os detritos estão agrupados numa espécie de redemoinho que começa a cerca de 900 km da costa da Califórnia (EUA). A "sopa" passa pelo Havaí, e estende-se quase até ao Japão. Dois factores contribuem para formação deste problema: a acção humana e a própria natureza.
Em algumas áreas o plástico supera a quantidade de plâncton e a estimativa é de que 46 mil peças de plástico provoquem anualmente a morte a mais de um milhão de aves e a mais de 100 mil mamíferos marinhos.
O principal problema do plástico é que ele não é biodegradável, pelo que não há processo natural que o elimine. É a durabilidade do plástico que o torna tão útil às pessoas. Mas, é isso também, que o torna tão prejudicial à natureza.
Entre 2010 e 2011 ocorreu a Expedição Malaspina 2010, uma expedição científica que deu a volta ao mundo a bordo de dois navios oceanográficos, com uma equipa de cientistas que puderam estudar e avaliar o impacto e a quantidade de lixo plástico que flutua no oceano Pacífico.
Em 2013, foi anunciada a segunda tentativa de expedição do explorador francês Patrick Deixonne, que ambicionava dar visibilidade mundial a esta "catástrofe ecológica", através da recolha de imagens e de observações científicas.
Se quiser  ficar a saber mais sobre o assunto, veja com atenção o vídeo que se segue.
Não perca esta oportunidade!

quinta-feira, janeiro 15, 2015

O Corpo É Que Paga

António Variações
António Variações  (1944 - 1984), foi um cantor e compositor português do início dos anos 1980. A sua curta discografia continuou a influenciar a música portuguesa nas décadas posteriores ao seu precoce desaparecimento, com 39 anos.
Veja este original músico português, na célebre música "O Corpo É Que Paga".
Esta é a edição de um vídeo (Youtube) de João Graça feito a partir da versão original de "O Corpo É Que Paga" que tem música e letra de António Variações.
Quando a cabeça….
Quando a cabeça não tem juizo
Quando te esforças mais do que é preciso
O corpo é que paga
O corpo é que paga
Deixa´ó pagar deixa´ó pagar
Se tu estás a gostar
Quando a cabeça não se liberta
Das frustaçoes inibiçoes toda essa força
Que te aperta o corpo é que sofre
As privaçoes mutilaçoes (lap tap tere ...)

Quando a cabeça está convencida
De que ela é a oitava maravilha
O corpo é que sofre
O corpro é que sofre
Deixa´ó sofrer deixa´ó sofre
Se isso te dá prazer

Quando a cabeça está nessa confusão
Já sem saber que hás-de fazer, e já és tudo o que te vem à mão
O corpo é que fica
Fica a cair sem resistir (lap tap tere ...)

Quando a cabeça rola pro abismo
Tu não controlas esse nervosismo
A unha é que paga
A unha é que paga
Não paras de roer
Nem que esteja a doer

Quando a cabeça não tem juizo
E tu não sabes mais do que é preciso
O corpo é que paga
O corpo é que paga
Deixa´ó pagar deixa´ó pagar
Se tu estás a gostar
Deixa´ó sofrer deixa´ó sofrer
Se isso te dá prazer
Deixa´ó cantar deixa´ó cantar
Se tu estás a gostar
Deixa´ó beijar deixa´ó beijar
Se tu estás a gostar
Deixa´ó gritar deixa´ó gritar
Se tu estás a libertar

quarta-feira, janeiro 14, 2015

O Carimbó

O Carimbó é uma das mais tradicionais expressões culturais da região amazónica.
O Carimbó é uma dança de roda, característica do litoral do Pará,  mas que se espalhou também pela região nordeste, do Brasil.
O carimbó é considerado um género de dança de origem indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras, miscigenou-se, recebendo outras influências, principalmente a negra.
O nome carimbó ou "curimbó" também se aplica ao tambor utilizado neste estilo de dança. O carimbó é, assim, um ritmo famoso pela batida do seu tambor, pelos instrumentos de cordas como o banjo e também por chocalhos.
Esta dança expressa-se pelos passos característicos dos casais de dançarinos, que usam um figurino que chama atenção pelas saias rodadas das mulheres, que têm sempre estampados vibrantes.
Maranhãozinho, no município de Marapanim e Araquaim, em Curuçá, são dois dos locais que reivindicam hoje a paternidade deste género de dança, sendo o primeiro o mais provável deles.
Em Marapanim, na região do Salgado, nordeste paraense, o género é bastante cultivado, acontecendo anualmente o "Festival de Carimbó de Marapanim — O Canto Mágico da Amazónia".
O carimbó expressa, portanto, a força da identidade e da cultura do povo da Amazónia. Pode conferir a expressividade desta dança vendo o vídeo que se segue. Não perca! 

terça-feira, janeiro 13, 2015

Tiébélé

O Burkina Faso é um dos  países mais pobres de África, sendo no entanto, um país muito rico culturalmente.
No sul do Burkina Faso, na África Ocidental, uma aldeia chama a atenção, pelas magníficas decorações murais das suas habitações.
A aldeia chama-se Tiébélé (17 500 habitantes), localiza-se próximo da fronteira com o Gana e faz parte do território dos Kassena (Gourounsi), uma das mais antigas etnias, que ali se instalou há muitos anos.
A espantosa arquitectura tradicional Gourounsi e as paredes decoradas das casas fortificadas da região de Tiébélé, transformaram o  local num pólo de atracção turística.
Já agora saiba que a arquitectura  Gourounsi, conhecida pela beleza funcional das suas linhas, foi motivo de inspiração para o vanguardista arquitecto suíço, Le Corbusier.
Estas pinturas murais, a preto e branco, são realizadas pelas mulheres que se socorrem de pigmentos naturais para pintar as paredes, em adobe, das suas habitações, utilizando como elementos gráficos, símbolos tradicionais, dando origem a belos e abstractos frescos.
O resultado é absolutamente magnífico!
Ora veja.  

segunda-feira, janeiro 12, 2015

Please Forgive Me

Oiça Bryan Adams em "Please Forgive Me" (1993). A letra desta música foi escrita por  Bryan Adams e Robert Lange.
Bryan  Adams (1959), é um cantor, compositor e fotógrafo canadiano.
Bryan é filho de pais britânicos e aoscatorze anos mudou-se para Vancouver, no Canadá  ondecomeçou a participar de audições como guitarrista.
Bryan Adams passou parte da sua infância e adolescência em Portugal devido à profissão do  pai que era embaixador.
Viveu em Birre, perto de Cascais, a cerca de 25 km de Lisboa, o que fez com que aprendesse um pouco de português e mantivesse uma ligação ao nosso país que perdura até hoje.
It still feels like our first night together
Feels like the first kiss
It's getting better baby
No one can better this
Still holding on
You're still the one
First time our eyes met
Same feeling I get
Only feels much stronger
I want to love you longer
Do you still turn the fire on?

So if you're feeling lonely, don't
You're the only one I'll ever want
I only want to make it good
So if I love you, a little more than I should

Please forgive me, I know not what I do
Please forgive me, I can't stop loving you
Don't deny me, this pain I'm going through
Please forgive me, if I need you like I do
Please believe me, every word I say is true
Please forgive me, I can't stop loving you

Still feels like our best times are together
Feels like the first touch
We're still getting closer baby
Can't get closer enough
Still holding on
You're still number one
I remember the smell of your skin
I remember everything
I remember all your moves
I remember you yeah
I remember the nights, you know I still do

So if you're feeling lonely, don't
You're the only one I'll ever want
I only want to make it good
So if I love you a little more than I should

Please forgive me, I know not what I do
Please forgive me, I can't stop loving you
Don't deny me, this pain I'm going through
Please forgive me, if I need you like I do
Please believe me, every word I say is true
Please forgive me, I can't stop loving you

The one thing I'm sure of
Is the way we make love
The one thing I depend on
Is for us to stay strong
With every word and every breath I'm praying
That's why I'm saying,

Please forgive me, I know not what I do
Please forgive me, I can't stop loving you
Don't deny me, this pain I'm going through
Please forgive me, if I need you like I do
Babe believe it, every word I say is true
Please forgive me, if I can't stop loving you
No, believe me, I don't know what I do
Please forgive me, I can't stop loving you

I can't stop, loving you

domingo, janeiro 11, 2015

Via Láctea

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
Olavo Bilac