sábado, dezembro 19, 2015

Non, Je Ne Regrette Rien

Assinalando o centenário do nascimento de Édith Piaf, ouça-a em "Non, Je Ne Regrette Rien".
Édith Piaf, (1915 - 1963), também conhecida como o "Pequeno Pardal", foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, tendo participado também em peças teatrais e filmes.  Mas, foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson, tornando-se a 10ª maior francesa de todos os tempos.
O sua forma de cantar expressava claramente a trágica história da sua vida.
Entre os seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960).
Em junho de 2007 foi lançado um filme biográfico sobre Piaf, com o título "La Môme", realizado por Olivier Dahan.
Édith Piaf está sepultada no célebre cemitério parisiense, Père-Lachaise. O seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.

sexta-feira, dezembro 18, 2015

Menino Austríaco




1. Assinalando a época natalícia que se avizinha a passos rápidos, veja a felicidade deste menino austríaco, ao receber um par de sapatos novos, durante a Segunda Guerra Mundial.

quinta-feira, dezembro 17, 2015

Bexigas de S. Lázaro

Este é mais um doce tradicional originário de Vila Real, associado a lendas e histórias. Esta é mais uma receita da nossa gastronomia associada à religião e aos seus santos.

São Lázaro celebra-se a 17 de dezembro. O seu nome, de origem hebraica, significa "o que Deus ajudou".

Reza a história que, a doença das "bexigas" (designação popular dada à varíola) matou muita gente em Vila Real e arredores. Poupou, contudo, os moradores do Bairro dos Ferreiros, que eram muito devotos de São Lázaro, protetor contra o mal das "bexigas", cuja imagem veneravam na antiga capela de Santa Margarida.

Desde estão, esta capela passou a ser conhecida como capela de São Lázaro, e os devotos passaram a levar-lhe como oferendas uns bolinhos que se apresentam com forma funda a imitar a cicatriz que a doença das "bexigas" deixa no rosto das pessoas. Os biscoitos ganharam, por isso, o nome de "Bexigas de São Lázaro". Se quiser conhecer mais histórias ou obter mais informações sobre este doce, basta clicar aqui e aqui.

"Bexigas de São Lázaro"
Ingredientes
125 gr de açúcar,
220  gr de farinha,
0,5 dl de água,
raspa de um limão e
um pouco de azeite (q.b.).
Preparação
Amassa-se tudo muito bem até conseguir uma massa uniforme. Forma-se um rolo com esta massa. Corta-se às rodelas com três centímetros de espessura. Prepara-se um tabuleiro de ir ao forno untando-o com um pouco de azeite. Colocam-se aí discos de massa. Depois dá-se-lhes uma dedada no meio de cada um o que simbolizará a representação da "bexiga". Vai ao forno aquecido a cento e oitenta graus, durante cerca de vinte minutos.
Depois de retirar o tabuleiro do forno, deve deixar arrefecer os biscoitos.
Para terminar a receita é necessário ainda colocar ao lume 250 gr de açúcar com 190 mililitros de água. Deixe ferver durante um minuto. Depois mergulhe as "bexigas" nesta calda e escorra-as numa rede. E estão prontas as "Bexigas de São Lázaro".

Bom apetite e... antecipados votos de Bom Natal.

quarta-feira, dezembro 16, 2015

Geoparque Terras de Cavaleiros

O Geopark Terras de Cavaleiros é uma área geográfica bem definida, coincidente com os limites administrativos do concelho de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, Região Norte (Trás-os-Montes) de Portugal.
Tem um importante património geológico ao qual se soma um grande património natural, um notável património histórico-cultural, os produtos locais, a rica gastronomia e a arte de bem receber das suas gentes.
O singular Património Geológico dá a oportunidade de percorrer milhões de anos na história da Terra, o que tem despertado o interesse de geólogos de todo o mundo. O Património Natural é diferenciador, com paisagens deslumbrantes e preservadas, mantendo viva a identidade do povo, que conserva o segredo de tratar a terra, a mestria com que confeciona os seus pratos e o carinho com que acolhe aqueles que o visitam.
O Geopark Terras de Cavaleiros assume um papel importante no sentido de estimular o turista a viver experiências gratificantes. O Geopark Terras de Cavaleiros é um destino geoturístico de excelência, que proporciona vivências científicas, educativas e culturais, preocupando-se sempre com o desenvolvimento sustentável do território, de maneira a manter intactas as suas características naturais e a autenticidade das suas gentes.
Este Geoparque já fazia parte das Redes Europeia e Global de Geoparques desde 2014. Mas, recentemente a  UNESCO reconheceu os Geoparques como área do seu trabalho, através do “Programa Mundial de Geociências e Geoparques da UNESCO – IGGP”.
O programa das Geociências e dos Geoparques é colocado ao mesmo nível dos conhecidos programas de Património da Humanidade ou Reserva da Biosfera. 
O concelho de Macedo de Cavaleiros é agora, oficialmente, detentor de duas classificações da UNESCO: a da Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica, tendo em conta a Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, e todo o seu território de quase 700 km2, pelo Geopark Terras de Cavaleiros.

Geopark Terras de Cavaleiros (Lands of Knights Geopark) - Portugal from idenya on Vimeo.

terça-feira, dezembro 15, 2015

Berlim, 1945

Proponho-lhe que veja um pequeno documentário (Sensationelles Filmmaterial! Berlin nach der Apokalypse in Farbe und HD), só recentemente disponível e, filmado logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em Berlim.
Note que 95% dos edifícios foram destruídos, os peões e os ciclistas circulam por Berlim, e que são raros os automóveis.  De referir que há autocarros em circulação e o metro já funcionava.
Podemos observar que as mulheres limpam o entulho sem ferramentas, enquanto os pisos e as calçadas são restauradas por crianças.
Consegue ver soldados americanos e russos por toda a parte, enquanto se nota que são os polícias alemães que controlam o tráfego.
Foi o lento retorno à vida "normal" após a derrota e o final da guerra.
70 anos depois, este documentário serve para lembrar o que foi a Segunda Guerra Mundial, para que as novas gerações evitem desastres iguais.    
Sensationelles Filmmaterial! Berlin nach der Apokalypse in Farbe und HD - Berlin In July 1945 (HD 1080p) from Konstantin von zur Mühlen on Vimeo.

segunda-feira, dezembro 14, 2015

Ainda mais algumas fronteiras

1. China - Rússia
A fronteira entre China e Rússia é a linha que limita os territórios da República Popular da China e da Rússia. Entre a década de 1960 e a década de 1980 esta fronteira foi alvo de forte contestação num contexto muito tenso. Foram, recentemente, assinados novos tratados e o traçado da fronteira foi reconhecido pelos dois estados em 2004.
A fronteira sino-russa é constituída por dois troços de comprimento desigual de um lado e de outro da Mongólia. Está definida integralmente por acordo mútuo desde 2004.

2. México - Estados Unidos
A fronteira internacional entre os Estados Unidos e o México estende-se desde San Diego, na Califórnia, e Tijuana, na Baja Califórnia, a oeste, Matamoros, em Tamaulipas, e Brownsville, no Texas, a leste.
Esta fronteira atravessa uma variedade de terrenos, percorrendo desde grandes áreas urbanas até desertos inóspitos. Do Golfo do México ela segue o curso do Rio Grande até El Paso, no Texas, e Ciudad Juárez, em Chiruahua.
A extensão total da fronteira é de 3141 km, de acordo com a Comissão Internacional de Limites e Águas. É a fronteira internacional mais frequentemente cruzada do mundo, com aproximadamente 350 milhões de pessoas atravessando-a legalmente todo ano. Veja agora uma reportagem especial do Jornal da Globo sobre a  "Fronteira México x Estados Unidos".

domingo, dezembro 13, 2015

Os Pitos de Santa Luzia

Os "Pitos de Santa Luzia" são uma receita típica da gastronomia portuguesa (Vila Real) que está associada a lendas, histórias e alguma marotice.

Conta-se que os Pitos de Santa Luzia foram inventados por Ermelinda Correia, que veio a ser mais tarde a Irmã Imaculada de Jesus. Esta rapariga tinha um defeito: era muito gulosa. Este facto obrigou os pais a enclausurarem-na no Convento de Santa Clara, na esperança de transformar o pecado em virtude.

A Irmã Imaculada tornou-se devota de Santa Luzia, padroeira dos cegos e das coisas da vista. Um certo dia estava a irmã aplicar os curativos nos seus doentes, com uns pachos de linhaça, que eram uns quadrados de pano cru onde se colocava a papa, dobrando as pontas para o centro para não verter a poção - usados como pensos para os ferimentos, quando de repente teve uma visão.

Correu para a cozinha e fez a massa de farinha e água e cortou-a em pequenos quadrados. Tinha consigo o açúcar que lhe cabia na ração, e fez uma compota de abóbora. À imagem dos pachos dobrou a massa por cima da compota e levou ao forno a cozer. A seguir despachou-se a escondê-los, pois estava proibida de ser gulosa.

A caminho cruzou-se com a madre superiora que era cega. A madre perguntou desconfiada, o que levava no tabuleiro, cheirando o perfume adocicado a Irmã Imaculada, apressa-se a responder que são pachos de linhaça para os doentes do dia seguinte.

Hoje é dia de Santa Luzia. Neste dia, em Vila Real, manda a tradição que as raparigas da cidade ofereçam o Pito aos rapazes seus eleitos, para que no dia 3 de Fevereiro, dedicado, na liturgia, a São Brás, os rapazes, retribuam a oferta com a Gancha (um rebuçado em forma de báculo bispal).
Neste dia especial e para assinalar esta tradição, aqui fica uma receita dos Pitos de Santa Luzia.

Ingredientes
Massa: 
300 g farinha
75 g banha de porco
50 g açúcar
sal q.b.
Leite q.b.
Recheio:
Doce de abóbora q.b.
Farinha para polvilhar
açúcar q. b.;
canela q.b.
Preparação
Num alguidar mistura-se a farinha, a banha, o açúcar, o sal e o leite até obter uma massa consistente. Forma-se uma bola com a massa, polvilha-se com farinha e deixa-se a massa a descansar.

Durante o tempo de espera prepara-se o recheio. Coze-se a abóbora passando-a pelo "passe-vite". A este puré é adicionado o açúcar e a canela.
Estenda a massa, corte quadrados e coloque no centro de cada um, uma colher (sopa) de doce de abóbora e forme uma trouxa. Leve ao forno num tabuleiro polvilhado com farinha.