terça-feira, março 15, 2016

O Sr. Feliz e o Sr. Contente

Morreu ontem o ator português Nicolau BreynerNicolau Breyner (1940-2016) nasceu em Serpa (Alentejo). Depois de passar pelo Canto na juventude, pela Faculdade de Direito e pelo Conservatório, estreia-se em 1959. O actor Ribeirinho, um dos seus professores no Conservatório, convidou-o, juntamente com a actriz Florbela Queirós, para o elenco da peça Leonor Teles. O pequeno papel de Breyner não passou despercebido e brevemente o actor tornou-se cabeça de cartaz nos teatros de revista do Parque Mayer, ao mesmo tempo que se dedicava ao teatro radiofónico na Emissora Nacional.
Participou em filmes como Pão, Amor e... Totobola (1964), O Diabo Era Outro (1969) e Malteses, Burgueses e às Vezes... (1974).
Contudo, Breyner só se torna um fenómeno de popularidade após a Revolução dos Cravos com o programa televisivo Nicolau no País das Maravilhas (1975), onde, juntamente com Herman José, celebrizou a rábula O Senhor Feliz e o Senhor Contente, em que satirizavam, de uma forma lúdica, a situação política e económica do país.
Depois do sucesso do programa humorístico Eu Show Nico (1980), Breyner apareceu associado ao projecto da primeira telenovela portuguesa: Vila Faia (1982). Esta telenovela foi um êxito a nível nacional. Participou também na série humorística Gente Fina é Outra Coisa (1983), entrou como actor na telenovela Origens (1983) e fez uma derradeira incursão no teatro musical com a peça Annie (1984). Nessa fase, fundou a produtora NBP e figurou em séries como a segunda versão de Eu Show Nico (1987) e Os Homens da Segurança (1988).
Na década de 90, Breyner dedicou-se exclusivamente à televisão com Euronico (1990), Nico de Obra (1993), Cinzas (1993) e Reformado e Mal Pago (1996), não deixando de fazer incursões no cinema em Jaime (1999) de António Pedro Vasconcelos, Inferno (1999) de Joaquim Leitão, Os Imortais (2003) de António Pedro Vasconcelos e O Milagre Segundo Salomé (2004) de Mário Barroso.
Se não conhece a excelente rábula O Sr. Feliz e o Sr. Contente, veja-a em baixo e assista ao desempenho de Nicolau Breyner e Herman José.
E uns anitos mais tarde...

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