sábado, novembro 19, 2016

O Trevo Roxo

E como ele se dá bem  na minha varanda...
O Trevo Roxo ou Oxalis Atropurpurea Regnellii  é uma das 800 espécies do género Oxalis (que significa ácido/azedo). O Trevo Roxo é um trevo ornamental que tem a sua origem no Brasil, Argentina e Paraguai.

O Trevo Roxo é uma planta herbácea bolbosa, com um ciclo de vida perene, que cresce espontaneamente nas terras das regiões tropicais e subtropicais . Pode atingir cerca de 20/30 cm de altura. As suas folhas são roxas e têm uma forma semelhante a um coração triangular. Estas encontram- -se dispostas em grupos de três e estão ligadas simetricamente no final de cada pecíolo.
O Trevo Roxo floresce esporaticamente durante o ano e as suas pequenas flores são brancas ou rosadas e compostas por cinco pétalas.
Esta planta deve ser cultivada em vasos e floreiras, nunca diretamente no solo, porque fatalmente se torna numa praga de difícil erradicação.
Os trevos costumam entrar em dormência, perdendo todas as folhas. Neste momento deve-se deixar de regar o vaso até que o trevo volte a nascer.
As folhas do trevo roxo fecham durante a noite, quando chove ou quando o dia está nublado, abrindo durante o dia quando a luz volta a ficar intensa. Em inglês, esta planta é chamada popularmente de shamrock ou purple shamrock.

sexta-feira, novembro 18, 2016

O Que Fazem Mulheres

O Que Fazem Mulheres é um livro de Camilo Castelo Branco publicado em 1858, sendo uma das suas obras menos conhecidas.
Camilo é sublime no que toca à crítica social de época. No século XIX, era prática comum os pais arranjarem os casamentos das suas filhas, um matrimónio que as deixasse numa situação boa, já que a maioria das mulheres não trabalhava. Logo, o amor era relegado para segundo plano.
Assim, O Que fazem Mulheres é um "romance fi­losófico", já que dele se podem retirar lições, por meio de máximas que exprimem uma filosofia da vida ou que proclamam ideias gerais sobre os dramas e os sentimentos do ser humano.
Aqui fica como sugestão de leitura, este livro recomendado para o Ensino Secundário, pelo Plano Nacional de Leitura.
Sinopse:
Escrito como paródia aos folhetins românticos, O Que Fazem Mulheres começa com um diálogo entre mãe e filha: a primei­ra tenta convencer a segunda a casar-se por dinheiro e não por amor.

Esta é a história de Ludovina, uma jovem bela, de origem fidalga, mas sem dote que lhe possa arranjar marido.
Sem intenções sérias, namora-a Ricardo de Sá, ambíguo «homem fatal», que dela diz esta frase desonrosa: "Lisonjeia um aman­te, mas não pode satisfazer as complicadas necessidades dum marido."
E há outro homem, João José Dias, regressado do Brasil, muito rico, muito velho, muito gordo.

Esta é, afinal, a história em que o fortuito arremesso de um charuto desencadeia excessos emocionais, nos quais en­contraremos, como Camilo anuncia, "bacamartes e pistolas, lágrimas e sangue, gemidos e berros, anjos e demónios".

quinta-feira, novembro 17, 2016

Einstein: Um retrato histórico




1) Einstein em Nova Iorque, no verão de 1939.

Albert Einstein (1879-1955) foi um físico teórico alemão. Entre os seus principais trabalhos desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física moderna.

quarta-feira, novembro 16, 2016

Crossing Over ou Para Lá da Fronteira

"Crossing Over" ou Para Lá da Fronteira, é um filme americano de 2009, do género drama, realizado por Wayne Kramer (que é um imigrante da África do Sul) e que foi filmado na cidade de Los Angeles, em 2007.
O filme (baseado numa curta metragem do realizador) aborda os temas da vigilância de fronteiras, das fraudes de documentos, do direito ao asilo, do processo de obtenção do green card, do emprego de imigrantes em situação ilegal, da naturalização, do combate ao terrorismo e do conflito entre culturas.

Sinopse:
Um drama sobre a imigração. Diferentes pessoas, de diversas nacionalidades lutam pelo sonho americano, usando de todo o tipo de esquemas, negócios e fraudes para chegar à América, o país das oportunidades.
Harrison Ford é Max Brogan, um trabalhador do Controlo Alfandegário e Imigração de Los Angeles que se deixa comover com cada caso que lhe passa pelas mãos: ele compreende bem como o seu trabalho e as suas decisões interferem com os destinos individuais daquelas pessoas... para sempre.

terça-feira, novembro 15, 2016

A Ceiba speciosa ou Paineira-Rosa

Vale Grande - Lisboa
A Paineira-Rosa é uma árvore bastante popular, devido principalmente à sua beleza extraordinária e ao seu curioso fruto.
A Ceiba speciosa ou  Paineira-rosa (Árvore-de-paina, Barriguda, Paina-de-seda, Paineira, Paineira-de-espinho, Paineira-fêmea, árvore-dos-espinhos ou árvore-da-seda) é uma árvore nativa da América do Sul, mais concretamente do Brasil e da Argentina, mas é cultivada em várias outras regiões tropicais.
Vale Grande - Lisboa
É uma árvore de folha caduca, que pode chegar a medir 4 a 8 m de altura, com tronco espesso, em
forma de uma garrafa, provido de espinhos cónicos, muito atrativos.  As flores são grandes e muito vistosas. A corola tem a forma de campânula aberta. As pétalas variam do rosa pálido ao roxo ou cor de vinho, com a parte inferior geralmente amarelada e com estrias.  O fruto é uma cápsula de aproximadamente 20 x 5 cm, lenhosa, que se abre por 3 valvas e contém numerosas sementes envolvidas por fibras sedosas. A Paineira Rosa floresce entre fevereiro e maio, no hemisfério sul, e no outono, no hemisfério norte.
Vale Grande - Lisboa
O néctar das suas flores é conhecido por atrair insetos, como a borboleta monarca, que realizam a polinização.
A madeira, leve, pouco resistente e mole, pode ser utilizada na confeção de canoas, tigelas, sola de tamancos, caixotes, artesanato e no fabrico de pasta celulósica.
Vale Grande - Lisboa
A árvore é muito apreciada como árvore ornamental, em parques e jardins, principalmente pela sua beleza na época de floração, mas também, devido ao seu rápido crescimento e rusticidade.
A paineira-rosa é uma árvore tropical, mas tolera o frio, desde que não seja muito intenso, daí que exista nalguns jardins do nosso país, nomeadamente, no Parque Oeste (Vale Grande), na cidade de Lisboa e no Parque de Serralves no Porto.

segunda-feira, novembro 14, 2016

Encontrei-te. Era o Mês...

Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar, que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.

Que saudades de amor na aurora do teu rosto,
Que horizonte de fé no olhar tranqüilo e garço!
Nunca mais me lembrei se era no mês de agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março.

Encontrei-te. Depois... depois tudo se some:
Desfaz-se o teu olhar em nuvens de ouro e poeira...
Era o dia... Que importa o dia, um simples nome?

Ou sábado sem luz, domingo sem conforto,
Segunda, terça ou quarta ou quinta ou sexta-feira,
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921)

domingo, novembro 13, 2016

O Homem das Castanhas

No rescaldo do São Martinho e das várias feiras de frutos secos que se realizam pelo nosso país fora, proponho-lhe que oiça Carlos do Carmo em O Homem Das Castanhas (música de Paulo de Carvalho e letra de Ary dos Santos).

Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono, à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um desafio.

É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde. Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado

o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.