sábado, março 04, 2017

Portugueses pelo Mundo: Dubai

Portugueses pelo Mundo é uma série de televisão portuguesa, transmitida pela RTP1 desde 2010. Cada programa segue portugueses residentes no estrangeiro que assumem o papel de condutores do programa enquanto dão a conhecer diversos aspetos do seu quotidiano e do modo de vida, cultura, gastronomia, arquitetura e curiosidades das cidades apresentadas no programa.



Este programa é uma adaptação portuguesa do original Madrileños por el Mundo, produzido pela Telemadrid e mais tarde adaptado por outros canais espanhóis, culminando na versão nacional, Españoles en el Mundo, exibida no primeiro canal da televisão pública espanhola.
Veja em baixo o programa Portugueses pelo Mundo - Dubai - (2011).

sexta-feira, março 03, 2017

Citizen Cohn ou Cidadão Cohn

Citizen Cohn ou Cidadão Cohn é um filme (drama) de 1992, realizado nos E.U.A. por Frank Pierson.
O filme baseou-se no romance de Nicholas Von Hoffman, e foi adaptado por David Franzoni.
Do elenco fazem parte os atores: Ed Flanders, Fredric Forest, James Woods, Joe Don Baker, Joseph Bologna, Lee Grant, Pat Hingle.
No início dos anos 50, o senador Joseph McCarthy promove uma verdadeira caça às bruxas contra aqueles que supostamente tinham ideais ou atitudes antiamericanas. O advogado Roy Cohn foi uma figura fundamental para o sucesso do senador.

Sinopse:
O filme narra a meteórica subida, na vida política americana, do advogado Roy Cohn, um homem sem escrúpulos, ambicioso e fascinado pelo poder. Abençoado pela mãe vaidosa (Lee Grant), o anti-semita e primitivamente homofóbico Cohn (que era judeu e gay) aprendeu rapidamente como dominar por intimidação.
Um duro olhar sobre a vida e obra de Roy Marcus Cohn através de flashbacks, enquanto morre de Sida num hospital em Nova York.
O braço direito de McCarthy, Roy Marcus Cohn - um James Woods soberbo - faz um balanço da sua carreira, sobretudo quando se transformou no braço direito do temido Senador Joseph McCarthy, na caça aos comunistas americanos.
Homem sem limites, chegou a comprometer a vida e a carreira dos seus amigos, como J. Edgar Hoover, do F.B.I. e o Cardeal Spellman, transformando-se numa das pessoas mais odiadas dos EUA.

quinta-feira, março 02, 2017

Serenata

Oiça o belíssimo tema Serenata na voz de Chico Cesar. Este tema fez parte da telenovela Velho Chico (tema de Bento e Beatriz).
Chico César (1964), é um cantor, compositor, escritor e jornalista brasileiro.
Serenata (Standchen) é uma música interpretada por Chico César e cuja autoria é de Franz Schubert, Ludwig Rellstab e Arthur Nestrovski.
Arthur Nestrovski (1959) é um compositor, violonista, crítico literário e musical, escritor e editor brasileiro.
E agora aqui vai a letra!

Um sabiá, na palmeira, longe
Canta, canta pra ti
Ele bem sabe a dor da saudade
E canta, canta pra ti

Sabe o que é felicidade
Sabe o que é dor de amor
Sabe o que é dor de amor
Coração, escuta, é tarde
O sabiá cantador
Sabiá cantador

Na madrugada, desarvorada
Faço versos pra ti
Minha toada não vale nada
Se não vale pra ti


Só me escuta o arvoredo
Sob a luz do luar
Sob a luz do luar
Saberá guardar segredo
Até você voltar
Quando você voltar

Abre o coração para a música
Sou teu sabiá
Sou o encanto de te esperar
Vem pra me despertar
Pra me desesperar
Desesperar

quarta-feira, março 01, 2017

Poema de Uma Quarta - Feira de Cinzas


Entre a turba grosseira e fútil
Um Pierrot doloroso passa.
Veste-o uma túnica inconsútil
Feita de sonho e desgraça...

O seu delírio manso agrupa
Atrás dele os maus e os basbaques.
Este o indigita, este outro o apupa...
Indiferente a tais ataques,

Nublada a vista em pranto inútil,
Dolorosamente ele passa.
Veste-o uma túnica inconsútil,
Feita de sonho e desgraça...
Manuel Bandeira Carnaval, 1919

Carnaval, Carnival, Carneval...

Vida, carnaval:
Euforia no começo,
Cinzas ao final...
Francismar Prestes Leal

Terminado o Carnaval, eis que nos encontramos com os seus melancólicos despojos: pelas ruas desertas, os pavilhões, arquibancadas e passarelas são uns tristes esqueletos de madeira; oscilam no ar farrapos de ornamentos sem sentido, magros, amarelos e encarnados, batidos pelo vento, enrodilhados em suas cordas; torres coloridas, como desmesurados brinquedos, sustentam-se de pé, intrusas, anômalas, entre as árvores e os postes. Acabou-se o artifício, desmanchou-se a mágica, volta-se à realidade.
Cecília Meireles

Se a única coisa que de o homem terá certeza é a morte; a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano.
Graciliano Ramos

Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
Clarice Lispector

terça-feira, fevereiro 28, 2017

Gigantones, Cabeçudos e Zés Pereiras

O Gigantone é um boneco com a forma de figura humana, com 3,5 a 4 metros de altura, típico das festas populares portuguesas, romarias e cortejos de carnaval.
Tem uma estrutura que permite ser vestido e manuseado por uma pessoa no seu interior.
A cabeça de grandes dimensões (feita de pasta de papel) e o resto da estrutura podem atingir trinta quilos, peso suportado pelos ombros do manuseador. Isto faz com que a amplitude de movimentos do boneco seja limitada.

Os gigantones não aparecem sozinhos, mas em par ou grupos de casais, envergando trajes de cerimónia ou populares, e desfilando ao ritmo de música tocada por zés-pereiras.

Podem ser acompanhados por Cabeçudos, bonecos mais pequenos (tamanho de uma pessoa) com uma cabeça enorme e desproporcional relativamente ao corpo. A cabeça, também feita em pasta de papel, é usada como uma espécie de capacete, As roupas são mais informais e coloridas que as dos gigantones, podendo mesmo personificar monstros ou demónios. Com maior liberdade de movimentos que os gigantones, os cabeçudos dançam e movimentam-se alegremente como um rancho de filhos ou uma corte animada ao seu redor.
No Minho também são conhecidos por almajonas ou armazonas.


O Zé Pereira é uma forma de diversão musical constituída por vários foliões tocando bombos e desfilando em parada.

Os grupos chamados Zés-Pereiras são característicos das festas e romarias do Norte de Portugal com maior incidência para o Entre Douro e Minho. Estes grupos desfilam pelas ruas tocando instrumentos de percussão - caixas de rufo, timbalões e bombos; assim como aerofones melódicos: pífaros e gaitas-de-fole. Por vezes, por vezes são acompanhados de gigantones e cabeçudos. Recentemente a concertina, instrumento de grande expressão no Minho, tem sido introduzida nestes conjuntos.

Do lado de lá do mar - Um pouco da História luso-brasileira do Carnaval

A constatação da existência de uma diversão carnavalesca conhecida como Zé Pereira no Portugal do século XIX parece apontar para a forte influência lusitana no surgimento da brincadeira no carnaval carioca.

Há uma errónea, mas infelizmente consagrada versão, que atribui a invenção do Zé-Pereira a um português de nome José Nogueira de Azevedo Paredes, comerciante estabelecido no Rio de Janeiro em meados do século XIX. Divulgada na maioria dos livros sobre carnaval, essa versão acabou ocultando toda uma série de influências que contribuíram para o surgimento dessa curiosa categoria carnavalesca.
As raras referências sobre a tema na literatura carnavalesca são bastante desencontradas. Estas apontam o "surgimento" do Zé Pereira em 1846 (Moraes, 1987), em 1852 (Edmundo, 1987) ou em 1846, 1848 e 1850 (Araújo, 2000).

A principal razão dessa discrepância é o facto de a designação Zé Pereira só se vir a consagrar anos mais tarde.

Na segunda metade do século XIX, o termo era usado para qualquer tipo de manifestação carnavalesca acompanhada de zabumbas e tambores - semelhantes ao que chamaríamos hoje de bloco de sujo. Ferreira (2005) e Cunha (2002) abordaram o tema com profundidade destacando a multiplicidade de forma e conceitos que podiam envolver as diversas brincadeiras chamadas genericamente de Zé Pereira.

Um momento importante na fixação da brincadeira no imaginário da folia carioca seria a encenação, em 1869, de uma burleta carnavalesca intitulada O Zé Pereira carnavalesco.

O sucesso da apresentação - uma espécie de adaptação livre da peça Les pompiers de Nanterre (Os bombeiros de Nanterre) - deveu-se, principalmente, à versão para o português da música-tema francesa que se transformaria num verdadeiro hino carnavalesco, sendo tocado até hoje:

E viva o Zé Pereira.
Pois a ninguém faz mal
E viva a bebedeira
Nos dias de Carnaval

A partir daí, o conceito da brincadeira do Zé Pereira iria adquirir feições tipicamente brasileiras (e cariocas) associando-se à alegria característica das ruas da folia no Rio de Janeiro.
O passo seguinte seria a oficialização do Zé Pereira através do estabelecimento de sua genealogia e de sua morfologia resumidas na obra de Moraes (1987).


Ouro Preto - Brasil
Algumas curiosidades:

Na cidade de Ouro Preto, estado de Minas Gerais, no período do Carnaval pode-se assistir, ainda hoje, ao desfile de Zé-Pereiras, em forma muito semelhante à tradição portuguesa.

O mesmo ocorre no Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, Santa Catarina, que desde o final do século XIX conta com o desfile de carros alegóricos e foliões fantasiados embalados por sambas e marchinhas.

Na década de 50, o banho à fantasia tornou-se numa marca da festa, que passou a chamar-se Zé Pereira ou Carnaval Toca N’água.

O Tradicional Corso de Teresina ou Corso do Zé Pereira reúne uma gigantesca carreata pré carnavalesca na cidade de Teresina (Piauí) com carros enfeitados e foliões fantasiados. Cresce a cada ano, atraindo gente de vários estados do Brasil.
É a maior manifestação popular da capital piauiense e o maior corso do mundo - título oficializado em fevereiro de 2012 pelo Guinness Book.

  • Para rematar estas histórias de Carnaval,  Não perca estes vídeos com imagens de um dos Carnavais mais genuínos de Portugal: O de Torres Vedras.


Espreite o Carnaval do ano passado:


E não perca este Encontro Internacional Gigantones e Cabeçudos em Torres Vedras.

segunda-feira, fevereiro 27, 2017

Os Clóvis ou Bate-Bolas

Os Clóvis ou rodados ou bate-bolas  são nomes de fantasias carnavalescas característica dos subúrbios (principalmente as Zonas Norte e Oeste) do Rio de Janeiro, no Brasil.

A tradição foi trazida pelos colonizadores portugueses (caretos?), tendo estas fantasias sido também influenciadas pela folia de reis.

Pensa-se que o nome Clóvis tenha derivado do inglês clown, (palhaço), e que teria sido criado no início do século XX, a partir da interpretação popular do termo pelo qual os eruditos teriam denominado os foliões fantasiados.

Nos primórdios, a fantasia de clóvis assemelhava-se muito à de um palhaço. Porém, incluiam também máscaras aterrorizantes. Batendo no chão com as suas bexigas de boi bastante mal-cheirosas, presas por corda a uma vara ou cabo, os bate-bolas eram o terror da criançada.

As bolas deixaram de ser bexigas e agora são de borracha ou plástico mas a atitude assustadora dos bate-bolas mantém-se.

Com o tempo, os trajes dos bate-bolas foram incorporando novas características e, atualmente, os grupos de clóvis podem ser classificadas em diversos tipos, tais como bola-e-bandeira, leque-e-sombrinha, sombrinha-e-boneco, entre outros.


  • A maioria destes grupos têm nomes ligados a sentimentos. Por exemplo: Humildade, Emoção, Explosão, Alegria, etc.
  • Os grupos de bola-e-bandeira têm nomes como Zorra Total, Barulho, Agonia, Bombardeio, Abusados etc.


Se quiser ficar a conhecer mais esta curiosidade do Carnaval brasileiro, não deixe de ver os vídeos abaixo. Valem bem a pena.
Ora Veja:


Um segundo vídeo:


E ainda um terceiro:

domingo, fevereiro 26, 2017

O Voo da Águia

No segundo domingo das festividades do Carnaval de Veneza, um outro voo, também realizado por volta do meio-dia, marca estes festejos: Il Volo dell’Aquila, ou seja, O Voo da águia.
Este voo, que também sai do campanário de São Marcos termina no centro da Praça de São Marcos, parece que é um evento relativamente recente.
Em 2012, o voo foi feito por Fabrizia d’Ottavio, medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas, em ginástica ritmica.
Em 2013, a escolhida foi a jogadora de vólei Francesca Piccinini, como pode conferir no vídeo em baixo.