sábado, dezembro 30, 2017

O Beija Flor

O Beija-Flor, também conhecido como colibri, é uma ave da família Trochilidae, composta por 108 géneros e 322 espécies conhecidas.
Entre as características distintivas deste grupo de aves contam-se o bico alongado, a alimentação à base de néctar,  plumagem iridiscente e uma língua extensível e bifurcada.
Estas aves são originárias das Américas e ocorrem desde o Alasca à Terra do Fogo. A maioria das espécies é, contudo, tropical e subtropical. A maior biodiversidade do grupo encontra-se no Brasil e no Equador, que contam com cerca de metade das espécies conhecidas de Beija-Flor.
A propósito destes pássaros aqui lhe deixo uma história deliciosa que pode seguir no vídeo abaixo.
Um Beija-Flor fez o seu ninho num orelhão (telefone público) no bairro de Jaguaribe, na cidade brasileira de João Pessoa.
Assista então à reportagem. Ora veja. Vale bem a pena.

sexta-feira, dezembro 29, 2017

As Bonecas de Papel

Natal é sempre uma época de regresso à infância. Quando era criança adorava vestir as minhas bonecas de papel, daí a razão deste post.
A Boneca de papel é um tipo de brinquedo infantil muito antigo, pois existe desde que existe o papel. No entanto, os exemplos das primeiras bonecas de papel verdadeiras foram encontrados em grandes centros como Viena, Berlim, Londres e Paris. Eram então, figuras pintadas à mão e trajes criados para o divertimento de adultos ricos. Num museu parisiense encontra-se um conjunto de figuras raras pintadas a mão, datadas do final dos anos 1780.
Em 1791, um anúncio londrino anunciou uma nova invenção, chamaram-lhe então boneca inglesa. Era uma figura de uma jovem, com um guarda-roupa completo de roupa íntima, acessórios para cabelos e seis conjuntos de roupa completos. Bonecas semelhantes a esta foram vendidas também na Alemanha.
A primeira boneca comercial foi fabricada em Londres (1810) por S&J Fuller, e chamava-se Little Fanny. A primeira boneca de papel produzida na América do Norte foi em Boston (1812) por J. Belcher. Nos anos 1820, conjuntos de bonecas eram produzidos na Europa e exportados para crianças de famílias abastadas noutras partes do mundo.
A primeira boneca de papel retratando uma pessoa famosa foi a da bailarina Marie Taglioni, nos anos 1830 e nos anos 1840 foi publicado outro conjunto reatratando desta vez a bailarina Fanny Elssler e nesta mesma década foi publicada a boneca da Rainha Vitória. Atualmente estas bonecas são consideradas valiosas raridades.
As bonecas de papel só passaram a ser produzidas em larga escala e para as camadas mais populares, no início do século XX.
Muitos artistas dedicaram-se anos a fio à criação e publicação das bonecas. A era de ouro das bonecas de papel ocorreu entre as décadas de 1930 e de 1950, quando a sua popularidade atingiu índices nunca superados. Mesmo durante a Segunda Guerra Mundial elas continuaram a ser fabricadas, apesar da escassez de papel.
As celebridades e as estrelas de cinema eram muito populares e retratá-las era muito simples nos anos 1930, 1940 e 1950.
Alguns estudiosos da história das bonecas de papel atribuem ao surgimento da Barbie, a causa do declínio da popularidade das bonecas de papel na década de 1960.
Durante os anos 80 as bonecas ganharam maior espaço entre as crianças sob a forma de personagens colecionáveis, vendidos nas bancas de jornais e papelarias.
Na década de 1990, a Barbie tornou-se, por isso, uma das bonecas de papel mais populares entre as crianças e os colecionadores.
Atualmente, o formato das bonecas de papel é usado na forma de personagens já conhecidos e de pessoas famosas. Elas também já se encontram na Internet e no formato digital, ou seja, há mais de dois séculos têm sido uma alternativa de brinquedos a baixo custo.


A boneca é uma figura de papel (com desenho de traços simples), que se recorta e que vem acompanhada com roupas (básicas) e acessórios que são cortados separadamente (com abas sobre os ombros e outras partes do corpo, para serem dobradas sobre o corpo da boneca, como forma de sustentação). As bonecas trazem em geral um conjunto de roupas, podendo ser trocadas e alternadas, entre saias, calças, blusas, sapatos, chapéus e outros acessórios. A brincadeira consiste em prender as diferentes roupas nas bonecas.
As bonecas de papel são brinquedos que estimulam a imaginação e a criatividade, através das amplas possibilidades oferecidas pelo material.
As crianças podem facilmente confecionar novas roupas e acessórios, bem como criar as suas próprias bonecas. Além disto, algumas das bonecas trazem complementos que podem ser coloridos pela criança.
O facto de ser um brinquedo bi-dimensional exige que a criança utilize mais a imaginação do que quando brinca com os brinquedos tri-dimensionais.
As bonecas de papel atuam sobre a imaginação da criança como as ilustrações dos livros, estimulando-a sem lhe dar todas as respostas, cabendo à criança completar a criação com o seu imaginário próprio.
Como vê foi bom regressar à infância! Assista agora (no vídeo em baixo), a uma outra forma de brincar e utilizar as bonecas de papel.

quinta-feira, dezembro 28, 2017

No Ciclo Eterno

No ciclo eterno das mudáveis coisas
Novo inverno após novo outono volve
À diferente terra
Com a mesma maneira.
Porém a mim nem me acha diferente
Nem diferente deixa-me, fechado
Na clausura maligna
Da índole indecisa.

Presa da pálida fatalidade
De não mudar-me, me infiel renovo
Aos propósitos mudos
Morituros e infindos.
Fernando Pessoa / Ricardo Reis

quarta-feira, dezembro 27, 2017

Vale de Poldros: Uma aldeia do Astérix

Vale de Poldros ou Val de Poldros ou ainda Santo António de Vale de Poldros é uma jóia que urge preservar, e que até já teve direito a uma Visita Guiada da RTP2, que pode ver aqui.

Este povoado situado na Serra da Peneda, parece uma aldeia do tempo do Astérix.
Vale de Poldros é um dos exemplos de brandas no Alto Minho, povoados de montanha apenas habitado durante os meses de verão. Nos restantes meses, os habitantes desciam à inverneira Riba de Mouro, a sede da freguesia, uma transumância humana que hoje poucos praticam.

Como abrigo para o frio cortante de Val de Poldros, os pastores utilizavam as cardenhas, construções rudimentares de granito, com teto baixo para preservar o calor, de que ainda ali existe um conjunto muito significativo e possível de preservar.

A Branda de Santo António de Vale de Poldros é, pois, um conjunto arquitetónico de inestimável valor patrimonial, constituindo um ótimo exemplo de povoamento de transumância: povoados de montanha para onde os vigias (brandeiros) levavam o gado durante os meses de verão, descendo novamente às suas povoações de origem, as inverneiras, a partir de Setembro.

Recentemente, as atividades agrícolas e pastoris foram perdendo importância e, com as novas gerações, praticamente abandonadas. Em paralelo, as construções em Santo António de Vale de Poldros foram sendo transformadas em segundas habitações, de lazer e de férias, muitas vezes deturpando a sua arquitetura original.

Apesar disso, o grande valor patrimonial deste núcleo de povoamento e de muitas das suas construções ainda permanece, justificando-se um esforço para a sua salvaguarda e valorização.
Até porque, sob o ponto de vista cultural e social, estas zonas podem desempenhar um papel importante como motor de desenvolvimento económico e turístico.

Se não conhece esta região, quando puder não deixe de o fazer. Vale bem a pena.
Para lhe fazer crescer água na boca, ainda lhe deixo esta reportagem em vídeo:



terça-feira, dezembro 26, 2017

A Formiguinha e a Neve




Com votos de continuação de Boas Festas aqui fica uma história para crianças, A Formiguinha e a Neve (dos Irmãos Grimm), narrada e musicada de forma maravilhosa.
Uma histórias linda que nos transporta para a infância...

segunda-feira, dezembro 25, 2017

Natal (1974)

Presépio - Rosa Ramalho
Soa a palavra nos sinos,
E que tropel nos sentidos,
Que vendaval de emoções!
Natal de quantos meninos
Em nudez foram paridos
Num presépio de ilusões.

Natal da fraternidade
Solenemente jurada
Num contraponto em surdina.
A imagem da humanidade
Terrenamente nevada
Dum halo de luz divina.



Natal do que prometeu,
Só bonito na lembrança.
Natal que aos poucos morreu
No coração da criança,
Porque a vida aconteceu
Sem nenhuma semelhança.
Miguel Torga

domingo, dezembro 24, 2017

A Borboleta

A borboleta

Borboleta pequenina
que vem para nos saudar.
Venha ver cantar o hino
que hoje é noite de Natal.

Eu sou uma borboleta
pequenina e feiticeira.
Ando no meio das flores
procurando quem me queira.

Borboleta pequenina,
saia fora do rosal.
Venha ver quanta alegria
que hoje é noite de Natal.

Eu sou uma borboleta
pequenina e feiticeira.
Ando no meio das flores
procurando quem me queira.